Sonhamos e planejamos. Também nos preocupamos com as ocupações e obrigações. E então, quando percebemos, foi-se uma vida.
Pensar na morte, assusta muitas pessoas, algumas até evitam esse assunto quando na verdade é preciso se aproximar, compreender e encarar essa realidade da vida. É difícil a ideia de que a partir do momento da nossa morte, deixaremos de estar presentes. Mas não, continuaremos na lembrança dos que ainda vivem, nas histórias que irão contar, nos traços dos nossos descendentes. Por isso é tão importante criarmos essas narrativas em vida.
Quando olhamos de frente a finitude da vida, a experiência de ser e estar nesse momento torna-se extremamente rica, única. O medo da morte passa a ser menor uma vez que aproveitamos a vida presente, como se disséssemos "a morte é um fato, mas não deve ser uma sombra, vivo o presente, curto a vida e as pessoas ao redor o tempo todo".
Encerro essa sugestão com um convite para que possamos pensar, olhar e rever nossa relação com a morte. E não apenas com a nossa morte, mas com a morte dos que estão ao nosso redor.
Fazer essa caminhada acompanhado (a) torna tudo mais leve e possível.
Renata Yuri Nakachima (CRP 06/77167) é psicóloga clínica com especialização em Teorias e Técnicas Psicanalíticas pelo Instituto de Estudos Psicanalíticos (IEP-RP). Membro titular e supervisora do IEP-RP.
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