Este livro aborda, com profundo conhecimento e através de uma escrita sensível, as reflexões e contribuições de Ferenczi e Winnicott diante da percepção de que uma ampliação da clínica os conduziria, inevitavelmente, a processos de reconsiderações teóricas. Luiza Moura discorre sobre os estranhamentos e resistências que suas propostas encontraram entre seus contemporâneos. Ambos correram riscos e vivenciaram enfrentamentos, justamente por acreditarem que a psicanálise era grande o bastante para suportar transformações. Não foram dissidentes, permaneceram como parte indissociável da história.
Em 1933, na Hungria, morreu Ferenczi; em 1934, na Inglaterra, Winnicott se qualificou como analista. Independentes e originais, distantes no tempo e no espaço, mas, como os leitores observarão, homens e psicanalistas que falavam a mesma língua.
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